I. Será tanto maior quanto a totalidade da massa monetária existente
1) menos é passível de diminuir;
2) menos é passível de aumentar.
Ora essas são as qualidades do ouro e da prata num sistema de 100% de reservas. O ouro não pode ser destruido e a sua produção é muito pequena em relação ao stock existente.
II. A forma de uma moeda perder o seu valor monetário é a sua quantidade total sofrer grandes variações:
1) Pela diminuição da sua quantidade (deflação monetária. ex: falências de bancos com defaults sobre depósitos)
2) Pelo aumento da sua quantidade (inflação monetária ex. para evitar falências de bancos, para incentivar artificialmente o crédito, para financiar os déficits)
Ora (1) e (2) são possíveis num sistema de reservas parciais (e já ser verificaram ao longo da história). Como os BCs odeiam a hip. 1), embora esta seja a via de reequilibrar a economia (a cura, embora os economistas digam que é a doença... good god...), a sua solução será sempre hip 2).
No actual sistema, como em cada crise, os BCs incentivam a fusão sucessiva de Bancos (é porque os que têm maior quota de mercado são os que têm maior capacidade de usar o multiplicador de forma mais eficaz, ficando os pequenos e cada sucessiva crise na sua mercê) e o resultado da sua actuação é o "moral hazard" que premeia os bancos e depositantes com maior risco...
É preciso perceber que o actual sistema incentiva o investimento com recurso ao crédito em vez do investimento com capitais próprios, porque quem se financia está a beneficiar do mecanismo de inflação monetária o qual despoleta um redistribuição de riqueza a favor de quem se endivida em ciclos de expansão, recebendo novas quantidades monetárias que aplica sem que os preços tenham ainda ajustado em subida.
# Via: Causa Liberal.